Gerente do templo Shaolin ou abade, veja a polémica com comercialização da marca shaolin

Talvez seja mesmo mais apropriado chamar Yongxin de CEO do templo shaolin, do que de abade?

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Embora muitos conheçam o Templo Shaolin, na China, famoso pela sua associação com o kung fu, pouco se sabe sobre o misterioso abade que transformou o mosteiro budista num empreendimento de sucesso global.

A única certeza sobre o Grande Mestre Shi Yongxin é que ele não é um monge vulgar. A começar pelo facto de ter um MBA (mestrado em administração de negócios) – foi o primeiro monge budista chinês a obter esta qualificação académica.

Os estudos em administração ajudaram Yongxin a comandar a modernização do Templo Shaolin, fundado há 1.500 anos e que hoje funciona como um negócio. A ponto de Yongxin frequentemente ameaçar com processos centros de artes marciais ao redor do mundo que usem indevidamente o nome do templo.

Localizado nas montanhas de Henan, a sul de Pequim, o Templo Shaolin ganhou fama pela habilidade marcial dos seus monges, que inspirou livros, filmes e até um musical na Broadway. Os monges apresentam-se em palcos mundo afora num conhecido espectáculo de artes marciais.
O abade, porém, também desperta críticas na China pelo que é interpretado como uma excessiva comercialização das actividades do templo.
Segundo relatos, o monge teria carros de luxo e usa um iPad. Nos media sociais chinesas, circulam rumores de contas bancárias secretas, mansões em países ocidentais e de que teria mulher e filho.

Numa recente passagem por Londres, quando perguntado directamente sobre esses rumores, respondeu de forma enigmática: «Se essas coisas são um problema, já ter-se-iam tornado num problema».

Na mesma entrevista, o monge recusou-se também a demonstrar os seus conhecimentos de kung fu.

Aos 49 anos, ele diz estar «muito velho para este tipo de coisa» e que não se tem exercitado com frequência.

Isso não deveria causar surpresa, pois o Grande Mestre passa boa parte do seu tempo a viajar. Nos últimos anos, promoveu uma expansão das actividades do templo, que hoje tem filiais nos EUA e na Europa.

Yongxin tornou-se uma celebridade e foi fotografado juntamente com políticos. E, a exemplo do que fazem muitos políticos mais experientes, consegue encontrar saídas para perguntas mais polémicas, como na recente indagação para que revelasse as actividades financeiras do Templo Shaolin – recusou-se a fazê-lo, dizendo que isso teria implicações para outros templos budistas.

Talvez seja mesmo mais apropriado chamar Yongxin de CEO do templo, do que de abade.

fonte: diariodigital.sapo.pt

2 Comentários "Gerente do templo Shaolin ou abade, veja a polémica com comercialização da marca shaolin"

  1. Alexandre JS disse:

    Ele nem vai demonstrar pois não sabe mesmo Wushu, já foi a época de lenda dos tais monges guerreiros shaolin, esses dai apareceram depois do sucesso do filme de Jet Li na década de 70′ ( detalhe que no filme o que é apresentado é o wushu moderno da associação chinesa de wushu, de tradicional Jet Li somente sabia um pouco de Fan Zi Quan e Yang Tai Ji Quan, no filme mostrou poucas coisas também de Chuo Jiao ), em outros filmes antigos sobre shaolin o que é apresentado é o estilo sulista Hung Ga com os atores/mestres Gordon Liu, Carter Wong, Chiu Chi Ling entre outros já que os estudios famosos ficavam em Hong Kong e ninguém sabia da existência do shaolin quan do templo de henan, após a reconstrução do templo prepararam 4 a 5 pessoas para aprender técnicas de combate com professores da CWA que adicionaram a forma Wu Bu Quan e remanescentes do antigo instituto de nanjing (1928) que eram do departamento “Shaolin”, Jin Jing Zhong foi o responsável por ensinar Luohan Quan por exemplo.

    1. Portal Kung Fu/Wushu disse:

      Obrigado por acessar e compartilhar sua opinião com o Portal de Kung Fu/Wushu

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